Assessores e Consultores Executivos: Agentes da transformação organizacional
Por que as transformações organizacionais são processos tão difíceis? Niklas Luhmann, um dos gigantes pensadores do século XX, explica da seguinte maneira: tanto pessoas como empresas funcionam como sistemas fechados. Com sua própria lógica de funcionamento (cultura organizacional) e estratégias de sobrevivência.
A transformação, pessoal ou organizacional, é um processo gradual, porque o sistema é resistente ao que lhe é estranho e luta para se manter igual. O estranho, principalmente quando contradiz o modus operandi do sistema, é visto como ameaça à sua subsistência.
Trazendo este raciocínio para a interação entre consultorias e assessorias executivas junto aos empreendedores, colaboradores e empresas. Como um todo, podemos observar que o Consultor Executivo atua como um provocador desse sistema. Num primeiro momento, sua atuação é um elemento que pode causar estranheza e resistência.
Ele entra na empresa para diagnosticar, rever processos, apontar o que deveria ser melhorado a partir do seu vasto conhecimento do mundo empresarial. Não que seja visto como inimigo, não é isso. Mas sua presença gera o desconforto de que transformações sistêmicas deverão ocorrer. E para que elas ocorram, será necessário o engajamento e a mobilização de todos os envolvidos. Será necessária uma transformação organizacional.
A partir daí, o incômodo está lançado e o ambiente organizacional pode ficar tenso.
As mudanças exigem que saiamos da nossa zona de conforto
Buscar e implementar novos aprendizados não é tão fácil assim. Às vezes ficamos resistentes, nosso sistema sinaliza que não vai dar certo, que não vai fazer diferença, que não vai ser melhor. Às vezes, só depois de uma mudança é que percebemos o quanto ela era necessária para evoluirmos.
É neste ponto que o Assessor Executivo tem um papel fundamental. O assessor, como o nome já diz, é aquele que auxiliará o processo de transformação. Colocando a mão na massa, ensinando como fazer a mudança acontecer e, especialmente, dedicando-se a conciliar os extremos, as opiniões divergentes.
É aquele que mostrará porque vale a pena mudar. Porque a combinação de suas duas visões (um de fora do sistema e outra de dentro do sistema) lhe permitem ter um panorama de como a empresa está hoje e de como ela poderá ficar.