Hábitos como o tabagismo e sintomas como a pressão alta são considerados “assassinos silenciosos” – aqueles que vão, devagarinho, fazendo o corpo definhar.
No mundo dos negócios existem fatores que podem levar uma empresa à falência de forma bem sorrateira.
O empreendedor americano Steve Blue listou, no site da revista Entrepreneur, os “assassinos” que podem estar arrancando a vida da sua empresa.
Como um bom antagonista de histórias de terror, há um itens defendidos desde o início do século passado, mas que na verdade fazem mal à saúde corporativa. Confira:
Reuniões sem resultado
O primeiro “assassino” consome o tempo da empresa. Ninguém nega a importância das reuniões, mas é necessário que haja um propósito e que soluções sejam encontradas no fim dos encontros.
Caso contrário a reunião só levará ao desperdício da força de trabalho em questões supérfluas.
Quando a reunião é longa demais ou não desperta o interesse dos seus colaboradores, pode ser que o encontro seja desnecessário.
Na hora de marcar uma reunião, veja a reação dos funcionários. Se ninguém se mostrar satisfeitos, talvez seja bom cancelar o encontro.
Falta de vontade em inovar
Empresas que não inovam morrem de velhice. Basta ver os produtos e serviços que você consome: uma boa parte deles deve ter sido introduzida há menos de cinco anos.
Por exemplo, é bem provável que, em 2011, você nem soubesse o que eram o Waze e o Netflix, certo?
Para facilitar, Blue estabelece uma “nota de corte”: a cada cinco artigos que você oferece, pelo menos um deve ter menos de dois anos de vida.
Se isso não ocorrer, é hora de se reinventar. Caso contrário, sua empresa será engolida por empreendimentos inovadores que ainda nem sabemos que existem, mas estão por aí.
Funcionários nocivos
Este é um mal que assola qualquer empresa. Você já deve ter tido problemas com vendedores mal humorados, garçons folgados e atendentes sem o mínimo de simpatia.
Todos eles são colaboradores nocivos. O comportamento deles faz com que as pessoas tenham uma impressão negativa de toda a empresa, por mais que pessoas competentes e motivadas sejam a maioria.
Por mais que seja difícil perceber, é possível que haja funcionários nocivos em sua empresa.
Devagar, com jeitinho, vá perguntando ao seu pessoal quem é que “contamina” o ambiente de trabalho. Feito isso, tenha uma conversa e peça para que eles mudem de comportamento.
Os clientes
O mantra “os clientes sempre têm razão”, criado no início do século passado, é tratado como uma unanimidade pelos empreendedores. Por outro lado, Blue afirma que o lema deve ser encarado com cautela.
Para ele, é importante satisfazer o consumidor, mas há limites. Para obter ou manter o cliente, muita gente zera sua margem de lucro, ou até fica no prejuízo.
O problema é que o cliente, com razão, está em busca das melhores condições de preço. Se o consumidor encontrar alguém que ofereça preços mais baixos, ele não vai considerar o seu esforço e vai para a concorrência.
Blue diz que o melhor a se fazer é estabelecer uma relação profunda, de amizade, com o cliente.
O tratamento deve ser igual ao que temos com nossos amigos: é preciso apoiar e agradar sempre que possível, mas não se negar a ser sincero nas horas difíceis.
Nossos amigos não têm sempre a razão – e nem por isso nós não os abandonamos. Da mesma forma, com boa vontade e honestidade, é provável que seus clientes não te deixem para trás.