Primeiramente, você conhece ou já ouviu do Neuromarketing?
Pois bem! O neuromarketing é um recente estudo da neurociência e do marketing relativo ao comportamento do consumidor. Um dos principais objetos do estudo é a resposta que o cérebro dá quanto a publicidade, o branding das marcas, e ainda sobre a preferência de estar comprando ou não comprando determinados produtos.
Como surgiu o neuromarketing?
Ele surgiu mais ou menos no final da década de 90 por meio de estudos acadêmicos de um grupo de pesquisadores nos Estados Unidos. Entretanto, o termo só foi introduzido definitivamente em 2002.
O médico e pesquisador Gerald Zaltman foi quem teve a ideia de usar aparelhos de ressonância magnética para o marketing, ao invés de usar apenas para estudos médicos.
Porém, quem criou este termo “neuromarketing” foi Ale Smidt, professor de marketing de uma universidade da cidade de Roterdã na Holanda.
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Mas, afinal para que exatamente serve o neuromarketing?
Antes de mais nada, para esclarecimento o neuromarketing não mais uma estratégia de marketing, e sim estudo do comportamento do consumidor por meio das informações entendidas pelo cérebro.
O que ele faz é extrair dados que venham falar das preferências do consumidor e a relação no processo de compras.
Tem sido cada vez mais importante para o ramo publicitário, isso porque permite identificar diversas reações, principalmente quanto a padrões de cores e sons. Pequenos detalhes, que podem trazer boas ideias as marcas que podem estar melhorando as experiências dos seus consumidores.
Ou seja, as pesquisas são realizadas como forma de avaliação, mas que pode contribuir para entender melhor o consumidor, cliente final, e partir disso, incluir ou criar alguma estratégia.
Principais Técnicas do Neuromarketing
Utilizar mais imagens que texto – Pois conteúdo visual é mais fácil e rápido de compreensão do que apenas palavras escritas.
Aplicação da psicologia das cores – Porque elas são capazes de transmitir emoções, intensificar ou amenizar sentimentos, além de possuir uma simbologia importante.
Posicionamento das imagens – Estudos mostram que o direcionamento do rosto tem papel fundamental na percepção dos consumidores.
Criar gatilhos mentais (Escassez, urgência, novidade e/ou prova social) – São ações que o cérebro toma automaticamente, por isso possibilita o incentivo de compra.
Estimular os sentidos – Isso pode melhorar a experiência, além de impactar.
Ancoragem dos preços – Isca para convencer e fazer acreditar que vale a pena investir pela comparação de preços.
Contar histórias/gerar emoções – Irá chamar atenção e ficar na memória, utilize a técnica do storytelling, mas não seja apelativo.
Crie problemas e dê a solução – Isso vai evidenciar a importância e o benefício do produto, marca ou empresa.
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Benefícios do Neuromarketing
- Melhora a tomada de decisão;
- Permite o desenvolvimento de produtos mais direcionados;
- Proporciona a criação de campanhas publicitárias mais efetivas;
- Aprimora a experiência do consumidor;
- Evita o desperdício de verba de marketing;
- Permite comparar publicidade e produtos concorrentes;
- Desvenda motivações implícitas dos consumidores;
- Metodologia com forte embasamento científico.
Cases de sucesso
Coca cola e Pepsi
Esse é um dos estudo mais famosos.
Foi feito uma pesquisa com 16 participantes em relação as empresas de bebidas concorrentes. Eles participaram de um teste cego com as duas bebidas, onde tomaram cada uma sem saber qual era e escolheria a que ele preferia.
O resultado foi simplesmente que metade das pessoas escolheram Pepsi sem saber que era o refrigerante. Entretanto, quando ficaram sabendo, a maioria mudou de opinião e disseram preferir Coca-cola.
E a porque a opinião mudou? Uma parte do cérebro que é responsável por controlar memórias e ensinamentos culturais entrou em ação.
Hyundai
A empresa de carros foi um dos grandes casos de sucesso ao usar o eletroencefalograma para avaliar o protótipo de um automóvel.
A pesquisa focou na usabilidade do modelo. Aonde tiveram 30 participantes, 15 homens e 15 mulheres, que observaram um protótipo do carro durante uma hora.
Para realização do experimento, eles utilizaram de bonés adaptados com eletrodos. E O aparelho mediu as atividades cerebrais de cada um em resposta a diferentes características do protótipo.
E foi a partir disso, que identificou situações e estímulos mais prováveis de levar o cliente a fechar o negócio.
Netflix
A Netflix empresa de streaming de vídeos oferece um teste gratuito para que em troca seja feita a assinatura do serviço. Isso que é o conhecido princípio da reciprocidade. Ao dar o primeiro mês ao cliente, a empresa conecta os usuários ao serviço completo e mostra seus benefícios na prática.
Este é um estímulo para que consumidores confirmem sua assinatura logo após o teste. E ele funciona.
Ah, o Spotify (streaming de músicas), também utiliza deste mesmo tipo de técnica.
Rafaela de Souza Batista
Bacharela em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda. Redatora e Produtora de Conteúdo para Web. Ama escrever e criar coisas novas. Uma estudiosa sobre o comportamento do consumidor e as novidades da área do marketing.