A formação, transformacional que ministramos às nossas equipes podem ser realmente transformacionais? Deveriam ser. Um estudo sobre mudança organizacional publicado pela Consultoria em Gestão Empresarial Bain & Company mostrou que cerca de 65% das iniciativas das empresas exigem mudanças comportamentais significativas por parte dos colaboradores em linha de frente, algo que os gestores frequentemente deixam de considerar ou de planejar com antecedência. Transformações nas empresas exigem uma transformação de todo o seu corpo de colaboradores. Brandon Webb é um especialista no assunto da transformação organizacional. Ele foi um dos Comandantes e treinadores de snypers mais reconhecidos do Grupo Especial da Marinha de Guerra norte-americana.
Princípio 1: Tenha por objetivo a EXCELÊNCIA, e não ESTAR ACIMA DA MÉDIA.
O primeiro conselho de Webb é sobre o que não se deve fazer:
— “Ser muito bom, não é ser o bom o suficiente. Portanto, programas de treinamento jamais devem ser concebidos para proporcionar competência; eles devem, na verdade, dedicarem-se à produção de excelência. Organizações sérias não aspiram a serem confortavelmente acima da média. Quem busca excelência não quer ser parte de qualquer equipe ou organização que não está disposta a alcançar este padrão. Aponte alto, perca alto. Em outras palavras, a formação divorciada de excelência é o mero cumprimento. Não se pode considerar isso verdadeiro investimento em capital humano. Vocês realmente acham que “Acima da média” é um objetivo de formação que realmente compensa o tempo, energia e despesa investidos? O serviço ao cliente e treinamento de liderança que só aumenta, em vez de transformar capacidades e competências não compensa muito.”
A perspectiva de Webb pode até ser considerada como radical, mas não podemos negar que coloca um desafio existencial aos pontos de vista da maioria das empresas de recursos humanos. Afinal, será que elas realmente estão focadas em treinamento para capacitar e desperta o melhor de seus colaboradores? Ou será que todos treinam com a expectativa tácita de que a excelência importa menos do que ser um pouco melhor? Webb questiona se a maioria das empresas é séria sobre o que o treinamento pode e deve proporcionar.
Princípio 2: Incentive a EXCELÊNCIA, não a COMPETÊNCIA
As organizações precisam de sistemas de reconhecimento e recompensas que explicitamente reconheçam e promovam a excelência. Segundo Webb, é preciso ter coragem e integridade para reposicionar e substituir o seu time, de acordo com seus esforços, vitórias e derrotas.
— “Para o treinamento ser eficaz, os incentivos têm de estar claros (crescimento financeiro, pessoal, promoção, etc.). Eu sou fã do economista Milton Friedman e aprendi com ele que a forma mais eficaz de criar alinhamento é através de incentivos. Foi isto que fiz quando criei o programa do mentor instrutor/aluno. Os instrutores eram responsabilizado, ou seja, eles seriam avaliados sobre o desempenho de seus alunos. Esta medida criou o incentivo certo para eles buscarem a excelência. Fez uma diferença enorme. Além disso, nós mudamos para um estilo positivo de ensino e vimos a nossa taxa de graduação subir como um foguete.”
Princípio 3: Esteja aberto e incorpore ideias INOVADORAS
Para Webb, o treinamento bem sucedido deve ser dinâmico, aberto e inovador. A inovação é tão importante para os formadores quanto o é para os formandos na capacitação evolutiva.
— Como um instrutor, eu aprendi que nós nunca sabemos tudo, e nossos alunos podem ser uma riqueza de informações. Chris Kyle, no seu retorno do Iraque, certamente poderia fazer excelentes recomendações sobre a melhor forma de treinar os alunos para o ambiente urbano. Nós sempre tivemos o hábito de valorizar e incorporar o conhecimento dos atiradores que estavam retornando de lugares como Iraque, Afeganistão, países africanos e outros lugares cujo ambiente não estava tão amigável. Assim, foi possível absorvermos esse conhecimento e incorporá-lo em nossa revisão curricular anual. E quando julgávamos importante o suficiente, fazíamos a mudança dentro de semanas.”
Princípio 4: Liderar pelo exemplo
Se tornar cada vez melhor a cada novo treinamento é um princípio organizador vital para as organizações de aprendizagem. Na formação transformacional Indiscutivelmente os temas de treinamento que Webb era mais apaixonado em compartilhar com os formandos eram aqueles que refletiam suas experiências no campo de batalha, e não apenas seus triunfos de formação. Por isso, Webb enfatiza que o comportamento mais importante que um líder pode demonstrar é a liderança pelo exemplo.
— Liderar pelo exemplo significa não pedir a sua equipe para fazer algo que você não está disposto a fazer a si mesmo. Se você não é capaz de fazer direito o que pede para sua equipe fazer, eles não irão respeitá-lo e segui-lo. Eu já vi isso acontecer e carreiras terminarem com este tipo de atitude. Liderar pelo exemplo é assistir seu time elevá-lo com suas próprias realizações. Em ambientes de Operações Especiais e ambientes de negócios superiores, Formação transformacional você tem o privilégio de trabalhar com pessoas que simplesmente estão dispostas a fazer o trabalho a todo custo. Eles se auto motivam.
As afirmações de Webb são fortes e até polêmicas, é verdade, mas suscitam importantes reflexões. É por isso que agora queremos ouvir a sua opinião sobre o assunto. Você acha que os princípios da formação transformacional de Webb se aplicam ao mundo corporativo? Como você aplica ou aplicaria nos treinamentos do seu time de colaboradores? Estamos aguardando seu ponto de vista, nos comentários abaixo.