A expressão Quiet Quitting se tornou bastante conhecida nos últimos tempos. O termo, que pode ser traduzido para o português como “demissão silenciosa”, tem preocupado profissionais do RH e gestores de empresas de diferentes segmentos e tamanhos.
Esse movimento tem crescido e se popularizado nas redes sociais e fala muito sobre as insatisfações dos colaboradores, que muitas vezes estão sobrecarregados e acumulam funções, além de possuírem baixas remunerações.
Por isso, entenda o que é Quiet Quitting e quais os impactos para o mercado de trabalho.
O que é Quiet Quitting?
Apesar de o termo ser traduzido como demissão silenciosa, a expressão tem outro significado prático. Não se trata, portanto, de pedir demissão de forma discreta ou mesmo de ser demitido de forma silenciosa. Na verdade, o conceito do Quiet Quitting é fazer apenas o mínimo, sem desempenhar tarefas além do que é esperado para a função que ocupa.
Dessa forma, o profissional estabelece limites para sua atuação dentro da empresa e faz exatamente aquilo que é remunerado para fazer. Assim, o objetivo é se preservar e não deixar que o trabalho tome proporções maiores do que deveria. O movimento é o resultado de condições de trabalho insatisfatórias, como o acúmulo de funções, jornadas de trabalho exaustivas e remuneração que não condiz com as tarefas que desempenha.
O Quiet Quitting também é resultado da retomada presencial ao trabalho. Ou seja, muitos colaboradores estão insatisfeitos em retomar o regime presencial, sendo que o trabalho remoto tornava a rotina produtiva e eficiente, com o bônus de gastar tempo com o deslocamento.
Mas afinal, como tudo começou?
O Quiet Quitting viralizou no TikTok, especialmente entre a geração Z. Uma das primeiras publicações sobre o tema foi um vídeo de Zaid Khan, um jovem engenheiro de Nova York. No vídeo, o engenheiro defende a ideia de que não está abandonando o emprego, mas abrindo mão da ideia de que o seu valor como pessoa não deve ser definido pelo trabalho.
Em outras palavras, o movimento defende que a vida não deve ser pautada pela atuação profissional. Hoje, há quase 30 milhões de publicações sobre o tema nas redes sociais, especialmente no TikTok.
Quais os impactos para as empresas?
Muitos gestores, quando notam a adesão ao Quiet Quitting, podem tentar aumentar a vigilância e a rigidez, repreendendo os colaboradores. Contudo, já avisamos que essa não é a melhor forma de lidar com a situação.
A vigilância pode até trazer uma sensação de que o colaborador tende a “trabalhar mais”, mas na verdade ela tira a autonomia e a satisfação no ambiente de trabalho. Ou seja, o ambiente se torna ainda mais insatisfatório para o colaborador. E sabemos que insatisfação é o oposto de produtividade.
Dessa forma, cabe aos gestores e lideranças observar como anda a satisfação na empresa. Ao notar que um colaborador tem feito mais do que o necessário, é preciso considerar uma mudança de cargo e aumentar sua remuneração, conforme aumenta suas responsabilidades. Esse movimento evita um cenário de desmotivação.
Deve-se lembrar que o Quiet Quitting é uma consequência da exaustão, do acúmulo de tarefas, das baixas remunerações e também da falta de gestão adequada no ambiente de trabalho. Quando há definições de cargos alinhadas e dentro do que é esperado pela empresa e pelo colaborador, esse tipo de situação tende a não acontecer. Uma mudança de postura é fundamental para um ambiente de trabalho saudável para todos.
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